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Fala Blogueiro: Entrevista com Rogério Souza do Análise de Textos

Estamos de volta com mais uma entrevista no Fala Blogueiro.

Para os que ainda não sabem, o Fala Blogueiro  é uma seção onde entrevisto blogueiros para que possamos conhecer a pessoa por trás do blog e saber as dificuldades e obstáculos que ele teve que passar para chegar onde está hoje.

No Fala Blogueiro de hoje a entrevista é com o Rogério Souza do Análise de Textos. Ele tem 36 anos, mora em São José dos Campos (SP), é formado em Letras e trabalha como Professor de Gramática, Literatura e Redação na Rede Pública e Particular.

Fala Blogueiro com Rogério Souza

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1. Como e quando você começou a blogar? Conte-nos a sua história desde o início.

Minha história com os blogs começa em janeiro de 1997. Passava alguns dias numa chácara e conversava com uma amiga quando ela, que recentemente havia se mudado para São Paulo, capital, me disse que a cidade proporcionava vários encontros fortuitos. Segundo ela, era muito comum reencontrar amigos dos tempos de colégio andando pelas ruas de São Paulo. Assim surgiu o “Encontros Fortuitos” que, depois, foi mudado para “Blog do Bauru” por “influência” de um amigo, o Felipe Xavier. Logo em seguida, surgiu a vontade de fazer algo voltado à profissão. Assim surgiu o “Casa do Texto”, blog que foi a primeira versão do Análise de Textos. De lá pra cá foram dezenas de blogs. Alguns deles existem até hoje, outros, “faliram” por não terem sido planejados. Na verdade, mais por terem sido criados no calor da emoção e da oportunidade.

2. Como surgiu o Análise de Textos?

Como falei anteriormente, ele surgiu a partir de um outro blog chamado Casa do Texto. No início, era apenas pra colocar coisas que eu via e eram relacionadas à Língua Portuguesa. Não pensava em monetização como hoje. Isso é tão verdadeiro que ele foi “efetivamente” monetizado há apenas dois anos. Como sempre estive em sala de aula, acabava trazendo para o blog os conteúdos que produzia para o aluno. Não havia organização, não pensava nos marcadores a serem usados e, invariavelmente, postava coisas que via em outros blogs achando que, dessa forma, estava compartilhando a informação.

Ganhar dinheiro com blog

3- O Análise de Textos tem um conteúdo bem diferenciado, é um blog dedicado à Língua Portuguesa. É um blog que pode ser considerado uma ferramenta pedagógica. Você enxerga dessa maneira o trabalho que desenvolve nesse blog?

Certamente. Hoje o blog é referência na área em que atuo. Os exercícios postados ali são usados por várias instituições e até na elaboração de provas de concursos ou de apostilas.

4- Você possui outros blogs? Se sim, poderia relacioná-los para que também possamos conhecê-los?

Tenho vários outros projetos, principalmente relacionados à Língua Portuguesa. Dentre eles cito:

Há ainda outros projetos que podem ser conhecidos visitando os que citei acima.

5- Você tem planos de viver exclusivamente dos ganhos obtidos na internet? Ou pensa em seus projetos como um complemento que pode lhe ajudar a melhorar a vida de sua família?

Não tenho a ilusão de que é seguro viver de blogs, exclusivamente de blogs hoje em dia, mas certamente não são mais um passatempo para mim. É preciso planejamento para aproveitar o “tempo das vacas gordas” para aqueles meses em que os rendimentos caem. No meu caso, os ganhos estão, ainda, muito atrelados ao tempo de aulas. Quando entram as férias escolares, os ganhos com esses blogs diminuem. Nessas horas entram os outros projetos direcionados exatamente para estes períodos.

6- Como é o seu processo criativo? Conte-nos um pouco de sua rotina diária como blogueiro e produtor de conteúdo.

Como eu disse quando expliquei o que era o Análise de Textos, muita coisa que publico é material que preparo para minhas aulas. Nunca consegui ter um blog de hypes porque não funciona, pra mim, ficar de olho no que está acontecendo para correr e publicar. Os hypes que consegui aproveitar foram mais consequência de posts já publicados e bem escritos. Um exemplo disso foi a notícia do cancelamento do Enem no ano passado. Eu tinha um post em que brincava com a possibilidade. Quase me assustei quando vi que em um dia tive quase a quantidade de acessos do mês anterior.

Dessa forma, a melhor resposta para esta pergunta é que meu processo criativo passa diretamente pelo preparo de minhas aulas. As ideias, a sequência, as séries de postagens são pensadas como complemento, também, das minhas aulas.

7- Você já participou de projetos colaborativos como a Revista Blogosfera (como autor e mais recentemente como revisor ortográfico). O que você pensa sobre esse tipo de iniciativa? Acha válido?

Certamente, todo e qualquer projeto com o propósito de difundir conhecimento é válido. No meu caso, participei do projeto da Revista Blogosfera por acreditar nas pessoas à frente do trabalho e por ser uma oportunidade única de estar próximo de autores que, de alguma forma, estão onde desejo estar.

8- Como professor de português você deve ficar indignado quando encontra blogs com textos que são um verdadeiro assassinato da Língua Portuguesa. Qual o caminho que você indica para um blogueiro que não domina a nossa língua?

Pergunta difícil, eim. No início dos meus blogs de Português cheguei a fazer posts expondo o erro de blogueiros que eram “famosos” na internet. Confesso que dificilmente faria algo assim hoje. Em primeiro lugar porque não acho que seja obrigação de um blogueiro escrever usando a gramática normativa ou palavras que aparecem uma vez por ano na boca e ouvido das pessoas justamente nas formaturas de fim de ano. Acho que todo mundo que se preste a escrever na internet deve escrever claro, deve se fazer entender. Desconsidero aqui o problema de termos também leitores que são analfabetos funcionais ou preguiçosos. Gente que diz que não sabe apenas pra alguém dizer “dá aí que faço pra você”. Esse leitor deve ser considerado como estatística, não agrega nada de valor ao trabalho. Não acho que alguém vá discordar disso. Ou vai?

Mas todo mundo deveria estudar um pouco de Português. Um problema que está não só nas escolas, mas também na blogosfera é que muita gente desconsidera o fato de que é necessário um mínimo de conhecimento sobre concordância, regência, sobre sentido conotativo. Não é preciosismo linguístico, mas determinados erros podem criar confusões de interpretação que levariam alguém ao erro. Sem contar que a dificuldade de entender o que o blogueiro escreve certamente afasta o leitor.

9- Você tem muito conteúdo publicado. Você já pensou em desenvolver um e-book voltado para a melhora na produção de textos para os blogueiros e outros profissionais? Ou qualquer outro tipo de e-book?

Sinceramente não. Esta é uma técnica que eu deveria usar não só para melhoria do meu trabalho e de meus ganhos, mas como forma de ajudar as pessoas. Mas não me sinto impelido a preparar um material assim. Pra não dizer que nunca fiz isso, já preparei um e-book de desenhos para colorir e publiquei num outro projeto, mas não me deu retorno nenhum. Foi apenas uma tentativa de fazer algo diferente. Deixei de lado a segunda versão e apliquei os esforços em técnicas bem mais vantajosas pro leitor, pra mim e pro blog.

10- Como sua família e amigos encaram a sua dedicação aos seus blogs?

Gosto de lembrar de um problogger lusitano chamado JV, um amigo blogueiro com quem aprendi e aprendo muito do que uso hoje. Ele é autor do Blog do Dentista e, apesar dos nichos serem bastante diferentes, é alguém em quem me espelho toda vez que em que penso nos meus blogs. Ele me disse certa vez que, no passado, todo mundo reclamava que ele passava horas na frente do computador. Hoje, todo mundo vem perguntar como é que se ganha dinheiro com esse negócio de blogs.

No caso da minha família, passei por situações semelhantes a que citei acima, mas posso dizer que números têm um efeito incrível para mudar opiniões. Paciência é o que precisamos ter. Hoje há muito material que ensina a planejar um blog antes mesmo de começá-lo. O Quero criar um Blog tem artigos fantásticos que derrubam o mito de que basta publicar piadinhas e imagens copiadas de algum blog de humor mais famoso que se vai ganhar dinheiro da noite pro dia.

11- Como professor e blogueiro, você vê a possibilidade real de um blog (ou outras ferramentas da Web 2.0) auxiliar na formação de nossas crianças e adolescentes?

Com certeza. Hoje os blogs fazem parte das salas de aula. Meus alunos têm acesso à netbooks e tablets em sala de aula. Usamos não só para elaboração de seminários, preparo de trabalhos e pesquisas. Os blogs são fonte de conhecimento e até de avaliação dos conteúdos socializados em sala de aula.

12- Cite alguns blogueiros (independente do nicho) que te influenciaram quando pensou em criar seu primeiro blog.

Nossa, na época em que eu comecei a blogar… sinceramente não me lembro de muitos blogs daquela época. Lembro-me que entrava em blogs de que me lembrei agora apenas para poder responder essa pergunta. Um em que eu entrava era o Acidez Mental. Participava mais ativamente de alguns grupos de professores no Grupos do Google. Quando amadureci um pouco, comecei a ler, até por necessidade, blogs como o da Nospheratt, Juliana Sardinha e do Compulsivo. Não me lembro de nada antes desses… e acho isso um ponto positivo até.

13- Cite alguns blogueiros (independente do nicho) que te influenciam hoje.

Não usarei o chavão de dizer que não citarei ninguém aqui para não em esquecer de alguém. Por necessidade, afinidade e conhecimento, cito a Ana Flor, a Luma Rosa … Cito também pessoas que me ensinaram a pensar mais com a cabeça do que com os braços quando se fala em ganhar dinheiro com blogs: Victor Gamarra e NetDentista. A lista, obrigatoriamente deveria passar por blogs como GF Soluções, Escola Dinheiro, Mundo Blogger e muitos outros.

14- Deixe uma mensagem para os leitores do GF Soluções.

Gostaria, em primeiro lugar, de agradecer a você, Gustavo, pela oportunidade de expor meu trabalho e dar-me a conhecer a seus leitores. Como mensagem fica, na verdade, um apelo para que as pessoas busquem informação. Aprender, seja a escrever melhor ou a monetizar de forma correta um projeto, é possível a qualquer um. Se antes o conhecimento era o segredo do sucesso, hoje é a aplicação correta do conhecimento e a paciência. Nada vem da noite para o dia e, muitas vezes, vamos fracassar naquilo que empreendemos. O segredo do sucesso é minimizar as possibilidades de fracasso. Para falar comigo, o melhor caminho é acessar o blog Análise de Textos ou através do meu perfil no Twitter @profBauru.

Opinião Gustavo Freitas

Conheço o Rogério há algum tempo e o considero, acima de tudo, um amigo. Então sou suspeito em falar, pois admiro muito o seu trabalho, mas tenho que deixar minha opinião. O Rogério é um profissional do ensino, um professor (assim como eu), um profissional que em nosso país não tem lá o seu valor reconhecido, e não estou falando somente de salários, mas sim de reconhecimento do papel fundamental que o professor exerce na formação de uma sociedade. Do ponto de vista do blogueiro ele possui blogs de altíssima qualidade, de conteúdo irretocável e que tem uma função social importantíssima (algo que sempre busco em meus projetos, mas nem sempre conseguimos) de ajudar na formação educacional de seus visitantes, ou seriam alunos?

E você, já conhecia o Rogério de Souza? O que achou da entrevista? Deixe seu comentário.

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1 Fala Blogueiro com Rogério Souza

0 comentário em “Fala Blogueiro: Entrevista com Rogério Souza do Análise de Textos”

  1. Que honra, fui citado, mas não sou influenciador de nada, apenas adorava (adoro, na verdade), dar pitacos, palpites no que os outros estão fazendo.
    O Rogério sempre foi essa pessoa humilde e educada e está colhendo nada mais que os frutos do bom trabalho que ele desenvolve.
    Como eu me ausentei da blogosfera, acabei perdendo o contato com muita gente bacana e o Bauru é uma delas… Mas há alguns meses tive uma grata surpresa ao estar fazendo um simulado no último ano de faculdade e me deparei um artigo que havia sido retirado do Análise de Texto e fiquei feliz de ver o trabalho de um conhecido estar sendo reconhecido off-line também.
    Enfim, já “rasguei seda” demais. Parabéns ao Rogério e ao Gustavo pelo trabalho que desenvolve com as entrevistas, não conhecia, mas quero ver se consigo acompanhar pra conhecer os novos (e velhos também), nomes da blogosfera.

  2. Para levar a informação como permanente conhecimento, é necessário tratá-la como algo que nasceu (doutrina) e teve seu desenvolvimento pautado para sua época (hoje) e poderá, amanhã, através das mutações sociais e tecnológicas, precisar de ajustes que nascerão a partir de sua doutrina, que deve atingir a construção dos objetivos da informação.

  3. Adorei a entrevista com o Bauru, Gustavo!
    Se há uma pessoa que faz sua presença na internet ter uma função social, esta pessoa é o Rogério, com seus blogs com tantas dicas boas sobre nossa querida e amada Língua Portuguesa.

    🙂

  4. Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha infância, onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores e não cumprir as obrigações fossem escolares ou simplesmente caseiras, faço comparações com os alunos de hoje “repletos de estímulos”. Estímulos de quê? De passar o dia na rua, não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador, alguns até altas horas da noite, (quando o têm), brincando no Orkut, ou o que é ainda pior envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na vida. Realmente, nada está bom. Porque o que essas crianças e jovens procuram é amor, atenção, orientação e …disciplina.

  5. Olá Gustavo,

    Conheço o Rogerio (ou Prof. Bauru) há algum tempo e já travamos bons conversas, mas com a falta de tempo (talvez de ambos) perdi um pouco o contato, mas sou frequentador assíduo do Analise de Texto.

    Bela entrevista…

    Abraço

    1. Geraldo, realmente a falta de tempo e mudança de foco acaba limitando um pouco a interação nesses tempos em que buscamos a excelência naquilo que fazemos. Obrigado pelas palavras, meu amigo e é sempre bom tomar um café contigo 🙂

  6. Olá Gustavo.

    Confesso que li o artigo com um frio na barriga só de pensar que poderia encontrar nessa entrevista algo que apontasse meus erros de português.
    Confesso também que não conhecia o Rogério Souza e fiquei encantado com a maravilhosa historia dele.
    Ser professor nesse país é um ato de heroísmo agora imagina sendo blogueiro também.
    Parabéns por essa ótima entrevista professor Gustavo.
    Abraços e sucesso sempre.

    1. Maurício, entendo sua preocupação. Há tanta gente pronta a apontar nossos erros que colocar junto ao meu nome a palavra “profesor” acaba inibindo, em alguns casos, a interação. minha história não é muito diferente da história de muitos blogueiros que existem por aí. Digamos apenas que busco falar sobre aquilo que conheço profundamente e, quando não sei muito sobre o assunto, me relaciono com quem sabe 🙂
      Ser professor é uma delícia. Dar aulas é minha paixão, mas é cada vez mais difícil fazer o próprio trabalho no contexto que temos em sala de aula hoje em dia. Mas, de uma forma ou de outra, sempre conseguimos. Obrigado pelo comentário”

    2. Mauricio,
      esse é um dos objetivos do Fala Blogueiro, apresentar blogueiros que meu público ainda não conhece, ou mostrar uma “face” que eles ainda não conhecem.
      Como o Rogério disse, dar aulas é uma paixão, ou você gosta ou não. Eu também gosto muito de dar aulas e compartilhar conhecimento.
      Abraço e sucesso pra você também.

  7. Gustavo, adorei a entrevista e fiquei muito feliz por ter sido citada pelo Rogério como blogueira que o influencia. Ele sabe que a recíproca é verdadeira.

    Nos seguíamos e interagíamos de vez em quando no Twitter antes de 2010, mas nos conhecemos mesmo naquele ano, quando ele participou de um concurso do meu blog cujo prêmio era um iPad. Ele não ganhou (rs), mas nunca vi alguém tão feliz por ter sido finalista. 🙂

    A partir daí, a parceria foi boa. Ele tem um coração enorme e se engaja com tudo nas campanhas que organizo, prestando assim um serviço de muita relevância social. Pessoinha de ouro essa.

    Um abraço para vocês dois!

    1. Ana Flor,
      faço a série “Fala Blogueiro” desde 2008 e, apesar do trabalho que dá, tenho algumas alegrias como conhecer melhor o entrevistado e, ainda por cima, algumas indicações deles. O seu blog foi uma grata surpresa, parabéns pelo blog e, acima de tudo, pelo tema que aborda.
      Grande abraço.

    2. Ana, sei sim que é recíproco, mas não em canso de dizer isso em cada oportunidade que tenho. Faço isso também porque fico feliz quando mais pessoas conhecem o assunto de que fala em um de seus blogs. Já foi muito útil quando vi um amigo nesta situação. Seu blog foi um bálsamo para ele e um mapa sobre o que ele deveria fazer. Sempre serei grato por isso que fez a ele.
      Quanto a não ter ganhado o prêmio em seu concurso, discordo. Creio que ganhei mais com sua amizade do que ganharia ali com o iPad. Obrigado pela paciência comigo neste tempo todo e pelas ausências.
      Fica registrado aqui também que abraçarei todo convite que vier de você, pois simpatizo com as causas em que você se envolve.

      Obrigado pelo comentário, obrigado pela amizade e parceria sempre frutífera na blogosfera.

  8. Olá Gustavo e Rogério!

    Dá até medo de escrever errado aqui! rsrs

    Eu assino o feed por email do analise de texto faz algum tempo,e não preciso dizer que o conteúdo é de qualidade.

    Vou ser repetitivo,depois que comecei a ver a importância de um livro minha escrita teve uma melhora razoável,estou longe de chegar aonde quero,mas força de vontade e dedicação não faltam.

    Para mim o melhor jeito de aprimorar a escrita é escrevendo,pois prefiro a pratica do que a teoria.

    Grande Abraço aos Professores! rs

    1. Rafael, deixa disso, rapaz! Como eu disse, devemos sim ter cuidado com a forma como escrevemos, porém o mais importante é ser claro e cuidar para que o leitor não entenda o contrário daquilo que você pretendia dizer. Fico pensando rapidamente sobre o que disse. Certamente a leitura é a ferramenta ideal para quem deseja escrever bem. Não tenho dúvidas de que o caminho que está seguindo é o ideal. Obrigado pelo comentário, meu caro.

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